Com apoio do continente, surto de Hong Kong mostra sinais de declínio

A quinta onda da epidemia de COVID-19 em Hong Kong está sendo gradualmente controlada, já que a Região Administrativa Especial registrou 747 novos casos no domingo, o terceiro dia consecutivo em que as infecções ficaram abaixo de 1.000.

Ao ajudar a conter o pior surto de COVID-19 da cidade, o governo central deu total apoio a Hong Kong para garantir a estabilidade e conter a propagação do vírus. Nos estágios iniciais de seu quinto surto em fevereiro, as autoridades centrais enviaram rapidamente especialistas e trabalhadores médicos de emergência para a cidade.

Em 16 de fevereiro, uma força-tarefa antiepidêmica de alto nível foi criada no continente chinês para reforçar os esforços de controle epidêmico de Hong Kong.

Nos três dias seguintes, duas equipes de especialistas em epidemiologia chegaram à cidade do continente para ajudar. Em 28 de fevereiro, uma terceira delegação liderada por Liang Wannian, chefe da principal força-tarefa COVID-19 da Comissão Nacional de Saúde, também chegou para oferecer conselhos.

Em 29 de março, uma equipe de especialistas em medicina tradicional chinesa liderada por Tong Xiaolin, acadêmico da Academia Chinesa de Ciências, desembarcou na cidade sitiada para fornecer orientação. Isto foi seguido por outra delegação de especialistas em controle e prevenção de epidemias em 7 de abril.

Quando os especialistas do continente chegaram, foram à linha de frente para visitar instalações de isolamento comunitário e lares de idosos, e identificaram as prioridades de Hong Kong no combate ao surto.

Liang disse no início de março que o trabalho de controle epidêmico de Hong Kong deve se concentrar na proteção dos idosos e na redução do número de pacientes graves e fatalidades. Ele observou que os recursos e energia limitados da cidade devem ser direcionados para atingir esses objetivos.

O governo da RAE adotou suas propostas, que efetivamente ajudaram a lidar com as infecções em fúria.

Além do apoio das equipes de especialistas e trabalhadores médicos, vários suprimentos médicos e alimentos frescos também foram enviados para Hong Kong para aliviar a escassez.

De 16 de fevereiro a 14 de abril, o continente forneceu 136.617 suínos vivos, 132.078 toneladas de vegetais, 27.869 toneladas de frutas e 27.520 toneladas de aves e carnes refrigeradas, além de 1.469 toneladas de sabão líquido e 6.833 toneladas de fluido desinfetante. Na noite de domingo, 30 tipos de suprimentos médicos chegaram a Hong Kong do continente, incluindo 260 milhões de kits de teste e 283 milhões de máscaras faciais KN95.

Seis instalações comunitárias de isolamento e tratamento contratadas por empresas do continente foram instaladas em Hong Kong em março, oferecendo cerca de 20.000 leitos para aumentar a capacidade da cidade de receber e tratar pacientes com COVID-19. Em 24 de março, foi concluída a construção do hospital improvisado Yuen Long Tam Mei, a sexta instalação desse tipo.

Em 7 de abril, a primeira fase do Hospital de Emergência Auxiliado pelo Governo Central em Lok Ma Chau Loop foi concluída, oferecendo 500 leitos de tenda de pressão negativa - incluindo 32 leitos de unidade de terapia intensiva - e duas salas de cirurgia.

A construção deve ser concluída até o final deste mês, quando o hospital contará com 1.000 leitos de tenda de pressão negativa.

Pessoas de todas as esferas da vida em Hong Kong expressaram sua gratidão ao governo central por seu apoio.

O secretário de Segurança de Hong Kong, Chris Tang Ping-keung, disse no sábado que agradeceu ao governo central por fornecer assistência sem fim, enviar trabalhadores médicos e suprimentos para a cidade e ajudar a construir seis instalações de isolamento em sete dias.

"A epidemia fez com que nós, pessoas de Hong Kong, mostrássemos solidariedade e espero que a cidade possa superar a epidemia o mais rápido possível", disse ele.

Lau Siu-kai, vice-presidente da Associação Chinesa de Estudos de Hong Kong e Macau, disse que os especialistas médicos do continente ofereceram conselhos valiosos sobre a implementação das medidas de prevenção e controle da epidemia na cidade.

"A ajuda prestada pelo governo central quando Hong Kong precisar será lembrada pelo povo de Hong Kong", disse Lau.